Consumo de álcool razão 12 mortes por hora no Brasil e custa R$ 18,8 bilhões por ano, diz estudo
O consumo de álcool razão em média 12 mortes por hora no Brasil, segundo levantamento da Fiocruz em pesquisa solicitada pela Vital Strategies e ACT Promoção da Saúde. O estudo estima que o consumo de bebidas alcoólicas representa um dispêndio para o Brasil da ordem de R$ 18,8 bilhões por ano.
Em 2023, o consumo de álcool foi associado a 105 milénio mortes, segundo dados da Fiocruz – desse totalidade, 86% eram homens. As principais causas são doenças cardiovasculares, acidentes e violência.
Entre as mulheres, mais de 60% das mortes estão relacionadas com doenças cardiovasculares e vários tipos de cancro.
O levantamento foi fundamentado em estimativas de mortes atribuíveis ao álcool feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e levou em consideração para o conta do dispêndio um totalidade de 104,8 milénio mortes em 2019 no Brasil – o que se traduz em uma média de 12 mortes por hora.
“Podemos concluir pelo estudo que o consumo de álcool no Brasil tem impactos significativos na saúde e no bem-estar da população e, consequentemente, custa muito aos cofres públicos. Nesse cenário, fica clara a premência de adoção de medidas uma vez que a tributação seletiva sobre bebidas alcoólicas.”afirma Pedro de Paula, Diretor Executivo de Estratégias Vitais.
“Esta é uma das ações recomendadas pela Organização Mundial da Saúde para reduzir o consumo de álcool e, consequentemente, o seu impacto negativo. Ao reduzir o consumo, podemos salvar vidas e reduzir os impactos sociais do álcool, economizando bilhões de reais todos os anos”ele acrescenta.
Eduardo Nilson, pesquisador da Instalação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e responsável pelo estudo, explica que a disparidade de gênero nos números do estudo está ligada ao vestimenta de os homens tenderem a ir menos ao médico.
“Outro motivo refere-se ao vestimenta das mulheres procurarem mais os serviços de saúde e realizarem autocuidados, uma vez que exames de rotina. Isso significa que eles são tratados antes que ocorram complicações de saúde mais graves. “Quando os homens procuram os serviços de saúde, é provável que a sua saúde fique muito mais comprometida, o que leva a mais hospitalizações”detalhes.
Em relação à tira etária, a maior incidência no atendimento ambulatorial ocorre em pessoas entre 40 e 60 anos.
Dispêndio bilionário para os cofres públicos
A Fiocruz destaca que, em 2019, o consumo de bebidas alcoólicas custou ao Brasil R$ 18,8 bilhões, incluindo custos diretos e indiretos.
Do totalidade estimado a cada ano, R$ 1,1 bilhão refere-se a custos federais diretos com internações e procedimentos ambulatoriais no Sistema Único de Saúde (SUS). Os custos indiretos, por sua vez, totalizam R$ 17,7 bilhões e incluem perdas de produtividade por mortalidade prematura, licenças e aposentadorias antecipadas decorrentes de doenças associadas ao consumo de álcool, perda de dias de trabalho por internação hospitalar e licenças médicas previdenciárias.
Dentro dos custos indiretos, os gastos previdenciários giram em torno de R$ 47,2 milhões, enquanto a mortalidade prematura é o maior fator, respondendo por R$ 17 bilhões. O absenteísmo representa um dispêndio de R$ 644 milhões, por sua vez.
Embora atualmente os maiores custos decorrentes do consumo de álcool sejam relativos aos homens, o Vigitel mostra que, entre 2006 e 2023, a ocorrência de episódios de consumo criticável de álcool (quatro ou mais doses na mesma ocasião) quase dobrou entre as mulheres.
A tendência de aumento do consumo entre eles também é confirmada pela PeNSE (Pesquisa Pátrio de Saúde do Escolar) de 2019, que mostra que 60% dos adolescentes do sexo masculino já experimentaram álcool antes dos 17 anos e 67% das meninas já haviam consumido álcool. esse mesmo comportamento no mesmo período.
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