ES recebe exposição gratuita sobre as raízes africanas do português brasílio
O Palácio Anchieta, sede do Governo do Estado em Vitória, recebe a partir de 9 de setembro a exposição “Línguas africanas que fazem o Brasil”, uma iniciativa do Instituto Cultural Vale em parceria com o Museu da Língua Portuguesa. A mostra, que registrou um público superior a 240 milénio visitantes em São Paulo, explora as profundas influências de idiomas africanos no vocabulário e na sotaque do português falado no Brasil. A exposição ficará em papeleta até 14 de dezembro, com ingresso gratuita e classificação livre.
A curadoria, assinada pelo músico e filósofo Tiganá Santana, propõe uma investigação sobre a legado legada por murado de 4,8 milhões de africanos trazidos ao Brasil entre os séculos 16 e 19. A mostra evidencia uma vez que línguas da África Subsaariana, uma vez que o iorubá, o eve-fon e as do grupo bantu, foram determinantes na feição do português brasílio. Essa presença, além do linguagem, é perceptível em diversas manifestações culturais, uma vez que na música, na arquitetura, em festas populares e em rituais religiosos.
Para proporcionar uma experiência imersiva aos visitantes, a exposição utiliza produções audiovisuais, instalações sonoras, símbolos Adinkra, sistema de escrita do povo Ashanti, e materiais uma vez que búzios. O objetivo é gerar um espaço de memória e celebração que conecta pretérito e presente, reconhecendo e valorizando as heranças afrodiaspóricas em manente transformação.
Segundo Claudia Afonso, diretora do Museu Vale, trazer a mostra para o estado é fundamental para a conexão com a identidade lugar. “Essa exposição é uma forma de ampliar o aproximação do público capixaba a uma experiência cultural única, que valoriza a inconstância e reconhece a força das raízes africanas na formação do Brasil. É uma oportunidade de reconhecer a pluralidade de vozes, palavras e símbolos que compõem a riqueza cultural brasileira, marcada pela força da ancestralidade”, afirma.
Contribuições capixabas
A edição de Vitória da exposição incorpora obras de artistas que participaram da montagem original em São Paulo, uma vez que J. Cunha, Aline Motta, Rebeca Carapiá e Goya Lopez, e adiciona um olhar voltado ao território capixaba. Três artistas locais foram convidados a integrar a mostra: Castiel Vitorino Brasílico, Natan Dias e Jaíne Muniz.
A artista plástica, escritora e psicóloga Castiel Vitorino Brasílico apresenta o trabalho “Me basta mirarte para enamorarme otra vez”, um estudo sobre abstração caligráfica que explora seu pertencimento à linhagem Bantu Brasileira.
O artista multidisciplinar Natan Dias participa com uma obra da série “Movimento”, na qual peças de ferro são trabalhadas para pulsar uma vez que um corpo coletivo. Sua pesquisa aborda a confluência de materiais e o deslocamento da memória no espaço-tempo.
Já a artista visual e pesquisadora Jaíne Muniz constrói narrativas abstratas com elementos da terreno em suas obras “Ser-horizonte” e “O que a chuva levou”, buscando uma reformulação da existência preta e dissidente de gênero.
A exposição conta ainda com a participação privativo do artista plástico Rick Rodrigues, que bordou em bastidores de madeira 17 palavras de origem africana incorporadas ao português, uma vez que marimbondo, dendê, canjica, minhoca e caçula, destacando seus significados.
Iniciativa e acessibilidade
“Línguas africanas que fazem o Brasil” é uma iniciativa do Instituto Cultural Vale e do Museu Vale, com concepção do Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo. Conta com patrocínio da Vale, esteio do Governo do Estado do Espírito Santo, por meio da Secretaria de Cultura, e realização do Ministério da Cultura, via Lei de Incentivo à Cultura.
A mostra oferece recursos de acessibilidade, incluindo audiodescrição, tradução em Libras e acessibilidade motriz. Visitas educativas para grupos escolares podem ser agendadas pelos telefones (27) 3636-1031 e (27) 3636-1032 ou pelo e-mail [email protected].
Levante evento faz secção do programa “Museu Vale Extramuros”, que expande as atividades da instituição para diferentes espaços culturais, praças e escolas, alcançando novos públicos em diversos municípios do Espírito Santo.
Serviço – Exposição “Línguas africanas que fazem o Brasil” – Itinerância Espírito Santo
Lisura:
Data: 9 de setembro de 2025
Horário: 19h
Sítio: Palácio Anchieta – Rossio João Clímaco, s/n – Meio, Vitória – ES
Visitação:
Período: De 10 de setembro a 14 de dezembro de 2025
Horários: De terça-feira a sexta-feira, das 8h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 9h às 16h.
Sítio: Palácio Anchieta – Rossio João Clímaco, s/n – Meio, Vitória – ES
Ingresso: Gratuita
Classificação: Livre
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