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Theatro Carlos Gomes reabre no Núcleo de Vitória com resgate de elementos estéticos históricos

Theatro Carlos Gomes reabre no Centro de Vitória com resgate de elementos estéticos históricos

Theatro Carlos Gomes reabre no Núcleo de Vitória com resgate de elementos estéticos históricos

Em seguida dois anos de intervenções para restauro e readequação, o Theatro Carlos Gomes reabriu as portas no último sábado (22), na Rossio Costa Pereira, no Núcleo de Vitória. Com um investimento totalidade de R$ 20 milhões, o monumento projetado pelo arquiteto André Carloni e inaugurado originalmente em janeiro de 1927 recuperou elementos estéticos históricos, além de receber modernização tecnológica e estruturas de acessibilidade.

O evento de reabertura foi marcado pela apresentação da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (OSES) junto ao cantor capixaba Silva. Enquanto as atrações musicais ocuparam a Rossio Costa Pereira, o interno do teatro permaneceu simples à visitação pública para a conferência do resultado das obras, contando com uma mediação artística de Flávia Junqueira.

Durante a solenidade, foram anunciadas as próximas etapas de operação do espaço. A temporada de reinauguração já possui programação confirmada de dezembro deste ano até março de 2026. Aliás, o edital de licença para a cafeteria do teatro será simples nas próximas semanas e terão início as visitas mediadas para o público, que ocorrerão duas vezes por semana em horários variados.

“Resgatamos um espaço que sempre foi o núcleo cultural do Espírito Santo e, assim, colocamos termo a um problema histórico, que era manter esse teatro fechado. A partir de agora, teremos uma programação cultural poderoso”, afirmou o governador Renato Casagrande.

Resgate histórico e mudanças estéticas
As obras, executadas pelo Instituto Modus Vivendi, basearam-se em pesquisas para restaurar a originalidade do prédio inspirado no Teatro Alla Scala, de Milão. Uma das principais alterações visuais foi a mudança da cor externa. A prospecção estratigráfica, estudo das camadas de tinta aplicadas ao longo das décadas, identificou que o tom amarelo, utilizado por muitos anos, era resultado de uma pintura ulterior. O prédio voltou a exibir a cor camurça, tonalidade atemporal e clássica do estilo eclético, provável cor original de 1927.

Internamente, foram restaurados os douramentos com folhas de ouro no proscênio, nos gradis dos camarotes e nos capitéis das colunas. Também foi recuperada a técnica de “simulação” (pintura que imita mármore) nas colunas de ferro e a pintura artística de Homero Massena no teto, onde o lustre de cristal também passou por restauro.

Outro destaque é a frente, adornada por estátuas no acrotério que foram recuperadas. As esculturas representam o Deus Apolo, musas e diferentes expressões artísticas (estátua, música, pintura e letras), além do busto do compositor Carlos Gomes.

Modernização técnica e infraestrutura
O restauro incluiu a renovação completa da estrutura cênica. Foi instalado um novo sistema de urdimento com varas mecanizadas e uma cortinado corta-fogo para isolar o palco da plateia em caso de emergência. A sonorização recebeu equipamentos desenvolvidos especificamente para o sítio, pintados na cor das paredes para minimizar a interferência visual.

Para flexibilizar o uso do espaço, foi instalado um elevador de orquestra, permitindo elogiar os músicos do fosso ao nível do palco, o que possibilita a ampliação da extensão cênica conforme a urgência do espetáculo.

Acessibilidade e novos espaços
A readequação do prédio priorizou a acessibilidade, com a instalação de um elevador que conecta o público a todos os andares, além de banheiros e camarins adaptados.

A presidente do Instituto Modus Vivendi, Erika Kunkel, destacou os novos equipamentos de uso, uma vez que a novidade climatização e a instalação do moca, que terá vista para a Rossio Costa Pereira. A antiga bilheteria também foi restaurada e voltará a operar. No último andejar, foi criada uma extensão administrativa para suporte às atividades.

Financiamento e parcerias
O projeto foi realizado a partir de um concórdia de cooperação entre o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Cultura (Secult), e o Instituto Modus Vivendi, dentro da iniciativa “Resgatando a História”. Os recursos, captados via Lei Federalista de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), somaram R$ 20 milhões, divididos também entre o Banco Vernáculo de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a EDP.

O secretário de Estado da Cultura, Fabricio Noronha, ressaltou que a entrega reafirma o compromisso com a memória e o porvir da geração artística sítio. “Queremos que o Theatro volte a pulsar uma vez que um espaço vivo, simples a todas as linguagens e expressões”, pontuou.

manadeira

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