Casos graves de depressão podem estar relacionados à genética, diz estudo

A depressão em adultos jovens tem um poderoso componente genético e está associada a um risco maior de tentativas de suicídio do que a depressão mais tarde na vida. É o que aponta um novo estudo publicado na Nature Genetics nesta quinta-feira (13).

O estudo baseou-se em registos médicos e dados genéticos de mais de 150 milénio pessoas com depressão e 360 ​​milénio indivíduos de controlo na Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia e Estónia. O trabalho comparou a genética e o risco de tentativas de suicídio em pessoas que tiveram o primeiro incidente de depressão antes dos 25 anos (início precoce) e aquelas diagnosticadas posteriormente os 50 anos (início tardio).

Os pesquisadores identificaram doze regiões genéticas associadas à depressão de início precoce e duas regiões associadas ao início tardio. Uma em cada quatro pessoas com eminente risco genético para depressão precoce tentou suicídio dez anos posteriormente o diagnóstico – aproximadamente o duplo das pessoas com grave risco genético.

“Mostramos que a depressão de início precoce tem causas genéticas parcialmente diferentes da depressão que afeta indivíduos mais velhos e que o risco de tentativas de suicídio é maior”.diz Lu Yi, pesquisador sênior do Departamento de Epidemiologia Médica e Bioestatística do Karolinska Institutet e um dos autores correspondentes do estudo. “Oriente é um passo importante em direção à medicina de precisão em psiquiatria, onde o tratamento e as medidas preventivas são personalizados para cada tipo.”

Agora os pesquisadores planejam investigar uma vez que as diferenças genéticas estão relacionadas ao desenvolvimento do cérebro, ao estresse e à expectativa de vida. Outrossim, querem compreender se os perfis de risco genético podem ser usados ​​para prevenir o suicídio nos cuidados de saúde.

“Esperamos que a informação genética possa ajudar os profissionais de saúde a identificar pessoas com eminente risco de suicídio, que podem necessitar de mais espeque e monitorização mais próxima”.afirma Lu Yi.