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Com show gratuito de Silva, Theatro Carlos Gomes reabre restaurado neste sábado em Vitória

Com show gratuito de Silva, Theatro Carlos Gomes reabre restaurado neste sábado em Vitória

Com show gratuito de Silva, Theatro Carlos Gomes reabre restaurado neste sábado em Vitória

O Theatro Carlos Gomes, localizado na Rossio Costa Pereira, em Vitória, reabre as portas ao público no próximo sábado (22), a partir das 16h, depois passar por um largo processo de restauro e modernização. A entrega do monumento de 1927 contará com uma programação gratuita que inclui visitação às novas instalações e um concerto da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (OSES) com a participação do cantor Silva.

Fechado há anos, o equipamento cultural retorna com sua arquitetura original recuperada e infraestrutura adaptada às necessidades contemporâneas. Durante o evento de reinauguração, a apresentação da OSES trará reinterpretações de obras de músicos brasileiros e celebrará a trajetória de Silva. Segundo o secretário de Cultura, Fabrício Noronha, além do show, haverá “uma surpresa para o público”.

No interno do teatro, os visitantes poderão conferir uma mediação artística de Flávia Junqueira. A produção utiliza a retrato encenada para investigar a relação entre memória, arquitetura e tempo. O prédio passará a descrever também com uma cafeteria, funcionando uma vez que espaço de convívio.

Investimento e gestão
A obra de recuperação recebeu um investimento totalidade de R$ 20 milhões. Os recursos foram provenientes do Banco Vernáculo de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da EDP e da Lei Federalista de Incentivo à Cultura. A mediação foi coordenada pelo Instituto Modus Vivendi em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura (Secult).

Resgate histórico e estético
Projetado pelo arquiteto italiano autodidata André Carloni e inspirado no Teatro Scala de Milão, o Carlos Gomes é um réplica do ecletismo arquitetônico. O restauro buscou restabelecer as características originais da inauguração em 1927.

Um estudo estratigráfico conduziu à invenção da cor original do prédio: o tom camurça, que estava sob camadas de tinta mais recentes. “Essa transformação devolve ao Estado o seu principal palco histórico, respeitando o pretérito e preparando o teatro para as futuras gerações”, afirmou a presidente do Instituto Modus Vivendi, Erika Kunkel.

Entre os elementos recuperados estão:

Ornamentos: Retorno dos douramentos e marmorizados no proscênio, capitéis e gradis dos camarotes.

Pintura: Recuperação das folhagens estilizadas em ouro e das colunas metálicas dos camarotes, pintadas originalmente para imitar mármore.

Bilheteria: Restaurada e funcional.

Mobiliário: Restauração de itens antigos, incluindo as cadeiras do torrinha do Governador.

Iluminação: Restauro do lustre de cristal pintado por Homero Massena, localizado no núcleo do teto.

A frontispício também passou por intervenções para resgatar adornos e esculturas. No topo do frontão, figura a estátua do Deus Apolo com duas liras. Ao lado, esculturas femininas com trombetas representam as musas. Também foram recuperados o busto de Carlos Gomes e quatro esculturas de crianças com arranjos florais, incluindo a reposição de trombetas que haviam perdido.

Modernização tecnológica
Além da estética, o projeto focou na atualização técnica do teatro para receber grandes espetáculos. Todas as instalações elétricas, hidráulicas, de climatização e segurança foram substituídas.

As melhorias estruturais incluem:
Cenotecnia: Instalação de varas cênicas mecanizadas, bambolinas, rotundas, cortinas certificadas e elevador de orquestra (fosso).

Audiovisual: Novo sistema de sonorização sob medida e iluminação cênica de última geração.

Iluminação externa: Sistema monumental em LED com variação cromática.

Segurança: Instalação de cortinado corta-fogo resistente a altas temperaturas.

Acessibilidade: Novos banheiros acessíveis, plataforma elevatória e elevador para o público.

Gestão: Geração de superfície administrativa no pavimento superior com refeitório e gerência.

Para o secretário Fabrício Noronha, a entrega da obra representa um fortalecimento do Núcleo de Vitória. “O Teatro será uma grande potência para que possamos animar cada vez mais essa região”, declarou.

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