Depois novidade multa de Moraes, X decide cumprir decisão de voltar a trabalhar no Brasil
Advogados do empresário Elon Musk, que lideram a resguardo da rede social. Para que a rede voltasse a operar no Brasil, seria necessário executar as decisões do ministro Alexandre de Moraes. A rede está suspensa no país desde o início de setembro.
Na quarta-feira (18), X apresentou denúncia ao STF alegando que a volta da rede ao Brasil ocorreu por falta técnica e não propositado. A plataforma ficou alcançável depois uma atualização que alterou o endereço de e-mail bloqueado, redirecionando-o para servidores da Cloudflare, empresa norte-americana especializada em segurança do dedo. A Filial Vernáculo de Telecomunicações (Anatel), porém, identificou a manobra e reforçou o bloqueio, que havia sido determinado pelo STF.
Segundo a Anatel, o aproximação foi provável porque a atualização operacional migrou os servidores da rede social para um novo IP, vinculado à Cloudflare, o que dificultou o bloqueio das operadoras brasileiras. Segundo o órgão, a estratégia da empresa demonstrou “uma intenção deliberada de não executar a preceito do Supremo”. A entidade afirmou que tomará “medidas cabíveis” em caso de novas tentativas de contornar a ordem judicial.
A mudança ocorreu em meio a uma reviravolta na resguardo do X no Brasil. O escritório Pinho Neto, que havia desprezado o caso na semana passada, voltou a tutorar a empresa, assinando a petição apresentada ao STF na noite de quarta-feira.
Vermelho De concórdia com o cláusula 1.134, as empresas estrangeiras que operam no Brasil devem ter representantes locais.
Outrossim, o ministro Alexandre de Moraes multou a rede social em 5 milhões de reais por dia de descumprimento, decisão válida a partir desta quinta-feira (19). Se Moraes afirmou que a estratégia de utilizar servidores da Cloudflare, Fastly e Edgeuno para manter o X alcançável no Brasil constitui “recalcitrância ilícito e persistente” no cumprimento de ordens judiciais.
A decisão de suspender a rede social foi submetida à 1ª Câmara do STF, que votou em prol da manutenção da medida. Os ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino e Cármen Lúcia seguiram integralmente o presidente da Câmara Alexandre de Moraes, enquanto Luiz Fux o fez com reservas. O Marco Social da Internet, que regulamenta o uso da rede no Brasil, prevê a responsabilidade dos provedores por danos relacionados ao descumprimento de ordens judiciais.
Musk, que dirige X, tem enfrentado atritos com autoridades de vários países, incluindo Brasil, União Europeia e Austrália, sob o argumento da “liberdade de frase”. Todavia, em países uma vez que a Índia e a Turquia, a plataforma tem cumprido decisões judiciais que implicam suspensões de conteúdos críticos para os governos locais.
A Anatel espera que o bloqueio de X permaneça em vigor até que a rede pague as multas devidas e nomeie um representante legítimo no Brasil.
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