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Diabetes: doença renal é fator de alerta para pacientes

Diabetes: doença renal é fator de alerta para pacientes

Diabetes: doença renal é fator de alerta para pacientes

Segundo dados do Recenseamento Brasílico de Diálise de 2024 da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN)3, no Brasil, estima-se que 29% dos casos de DRC que necessitam de diálise ocorrem entre pessoas com diabetes. No mundo, aproximadamente 40% das pessoas com diagnóstico de diabetes, seja tipo 1 ou tipo 2, desenvolverão doença renal crônica (DRC)¹, quesito silenciosa e assintomática e, consequentemente, diagnosticada tardiamente na maioria dos casos².

Aproximadamente 40% das pessoas diagnosticadas com diabetes, seja tipo 1 ou tipo 2, desenvolverão doença renal crônica (DRC)1 em todo o mundo, uma quesito silenciosa e assintomática e, consequentemente, diagnosticada tardiamente na maioria dos casos2. No Brasil, estima-se que 29% dos casos de DRC que necessitam de diálise ocorram entre pessoas com diabetes, segundo dados do Recenseamento Brasílico de Diálise 2024 da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN)³.

Isso porque, com o passar do tempo, níveis elevados de glicose podem afetar os rins, sendo fundamental que as pessoas com diagnóstico de diabetes também façam séquito com um nefrologista e prestem atenção à saúde dos rins. Para preservar a saúde renal é fundamental manter o controle glicêmico, realizar exames de rotina e investir em hábitos de vida saudáveis, porquê sustento balanceada e atividade física regular4.

No entanto, monitorar ativamente a saúde renal também é precípuo. “Apesar da grande disponibilidade de exames simples porquê a creatinina, que indica a saúde da função renal, ainda vemos uma vácuo significativa no diagnóstico da DRC no Brasil. Portanto, é fundamental que pacientes diabéticos e hipertensos, principalmente aqueles com histórico familiar, estejam vigilantes e façam esse rastreamento”comenta o nefrologista Paulo Lins.

Segundo o profissional, a verdade hoje é que a grande maioria dos pacientes renais no Brasil faz diálise de forma emergencial, depois um quadro grave de saúde.

“O que acontece com 70% a 90% dos pacientes é que eles passam mal, fazem exames e descobrem, na hora, que o rim não funciona mais. Por isso, estar sengo aos fatores de risco, porquê o diabetes, é muito importante para prometer um diagnóstico precoce e melhores condições de tratamento”, comenta Lins.

Doença Renal Crônica e Opções de Tratamento
Quando os rins param de funcionar, duas terapias principais de diálise estão disponíveis: hemodiálise (HD) e diálise peritoneal (DP). Atualmente, mais de 172 milénio brasileiros dependem da diálise para sobreviver, segundo o Recenseamento Brasílico de Diálise de 2024, realizado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN)4. Diante desse cenário, especialistas apontam que a diálise peritoneal – modalidade que pode ser realizada em morada – é uma escolha estratégica para reduzir a fardo dos centros de hemodiálise e ampliar o chegada ao tratamento, principalmente em regiões com menos infraestrutura.

No Brasil, 87,3% dos pacientes são submetidos à hemodiálise, 7,1% à hemodiafiltração e somente 5,6% (aproximadamente 7.000 pessoas) realizam diálise peritoneal5. Esta baixa adesão contrasta com a média global, que é de 11%, chegando a 15% nos Estados Unidos e 50% no México6.

A hemodiálise, padrão preponderante no país, é realizada em clínicas especializadas, onde o paciente permanece conectado a uma máquina por murado de quatro horas, três vezes por semana. É um procedimento extracorpóreo fundamentado na filtração do sangue. Tal porquê acontece com muitas intervenções médicas, os desafios potenciais incluem o risco de infecção, o provável impacto cardiovascular e o desenvolvimento da síndrome pós-diálise, que pode resultar em sintomas temporários, porquê fadiga e fraqueza depois uma sessão7.

A diálise peritoneal, por outro lado, utiliza o peritônio – membrana que reveste a cavidade abdominal – porquê filtro originário. O tratamento é quotidiano e, na maioria dos casos, realizado à noite, enquanto o paciente dorme, em máquina de ciclismo. Oferece mais autonomia, flexibilidade e qualidade de vida, permitindo ao paciente manter suas atividades diárias, trabalhar e viajar sem as limitações impostas pela hemodiálise. Embora geralmente segura, uma complicação conhecida da diálise peritoneal é a peritonite, uma infecção que pode ser tratada eficazmente com antibióticos8.

Para o nefrologista Paulo Lins, a escolha do tipo de diálise deve ser feita de forma planejada, depois o diagnóstico precoce da doença renal crônica.

“Em um mundo ideal, depois a identificação da insuficiência renal, o paciente seria guiado para um nefrologista, que recomendaria o melhor tipo de diálise para aquele caso. Ele pode ir até uma clínica de hemodiálise, onde fica conectado a uma máquina três vezes por semana, ou pode realizar diálise peritoneal em morada, recebendo a máquina, soluções e treinamento para realizar o procedimento com segurança”explica o nefrologista e gerente médico da Vantive Brasil.

O profissional reforça que, do ponto de vista galeno, os resultados das duas modalidades são equivalentes, mas a qualidade de vida com a diálise peritoneal é superior8.

“O paciente mantém a autonomia, pode continuar trabalhando e viajando, não sente a ‘ressaca da hemodiálise’ e acorda muito”, afirma.

“Alguns dos benefícios indiretos da DP podem, na verdade, melhorar alguns resultados clínicos para os pacientes, pois eles conseguem permanecer na terapia por mais tempo”.

Para pacientes diabéticos que desenvolvem doença renal crônica, a diálise peritoneal é uma opção segura e eficaz9. Grandes estudos de coorte mostram que, entre pessoas com diabetes, os resultados de sobrevivência e controle galeno são semelhantes quando se compara DP com HD, dissipando a teoria de que os diabéticos não poderiam se beneficiar da modalidade domiciliar10-11. Nessa população, o uso da icodextrina, solução utilizada na diálise peritoneal que não aumenta a glicemia, tem ganhado destaque por ajudar a controlar o excesso de líquidos e reduzir a absorvência de açúcar durante o tratamento12. Para muitos pacientes, isso se traduz em maior segurança, menos hospitalizações por inchaço e manejo metabólico mais adequado13.

A diálise peritoneal é atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e consta no rol de procedimentos da Sucursal Vernáculo de Saúde Suplementar (ANS). Uma portaria do Ministério da Saúde de 2011 estabeleceu a meta de que 20% dos pacientes em diálise no Brasil utilizassem essa modalidade, mas, mais de dez anos depois, o país ainda está longe de atingir essa meta. Para os especialistas, ampliar o uso da diálise peritoneal não significa somente melhorar a qualidade de vida dos pacientes, mas também reduzir os custos hospitalares e sossegar a fardo dos centros de hemodiálise, tornando o sistema de saúde mais eficiente e alcançável.

Referências:
1- Atlas do Diabetes. Disponível em: Link. Entrada em: nov. 2025.
2- Ministério da Saúde – Doenças renais crônicas. Disponível em: Link. Entrada em: nov. 2025.
3- Diretriz SBD 2025 – Manejo da doença renal diabética. Disponível em: Link. Entrada em: nov. 2025.
4- Associação Americana de Diabetes. (nd). Doença Renal (Nefropatia). Disponível em: Link. Entrada em: nov. 2025.
5- Recenseamento SBN 2025. Disponível em: Link. Entrada em: nov. 2025.
6- Bello AK, Okpechi IG et al: Uma atualização sobre as disparidades globais na fardo e nos cuidados com doenças renais em países e regiões do mundo. The Lancet Global Health 2024, 12(3):e382–e395.
7- Flythe JE, Watnick S. Diálise para Insuficiência Renal Crônica: Uma Revisão. JAMA. 12 de novembro de 2024;332(18):1559-1573. doi: 10.1001/jama.2024.16338. PMID: 39356511.
8- Chuasuwan A, Pooripussarakul S, et al: Comparações de qualidade de vida entre pacientes submetidos a diálise peritoneal e hemodiálise: uma revisão sistemática e meta-análise. Resultados de Qualidade de Vida em Saúde 2020, 18(1):191.
9- Faria VP, Dias J, et al. Particularidades da diálise peritoneal em pacientes diabéticos. Nefrologia (Engl Ed). 2025 junho-julho;45(6):101324. doi: 10.1016/j.nefroe.2025.101324. PMID: 40783306.
10- Lukowsky LR, Mehrotra R, et al: Comparando a mortalidade de pacientes peritoneais e em hemodiálise nos primeiros 2 anos de terapia de diálise: uma estudo de protótipo estrutural marginal. Clin. J. Sou. Soc. Nefrol. 2013, 8, 619–628.
11- Kuriyama, S. Diálise peritoneal em pacientes com diabetes: os benefícios são maiores que as desvantagens? Perit. Disque. Internacional 2007, 27, 190–195.
12- Li PK, Culleton BF, et al: Grupos de Estudo IMPENDIA e EDEN. Tentativa randomizado e controlado de diálise peritoneal poupadora de glicose em pacientes diabéticos. J sou Soc Nephrol. Novembro de 2013;24(11):1889-900. doi: 10.1681/ASN.2012100987. Epub 2013, 15 de agosto. PMID: 23949801; PMCID: PMC3810077.
13- Goossen K, Becker M, et al: Icodextrin Versus Glucose Solutions for the Once-Daily Long Dwell in Peritoneal Dialysis: Uma revisão sistemática enriquecida e meta-análise de ensaios clínicos randomizados. Sou J doença renal. junho de 2020;75(6):830-846. doi: 10.1053/j.ajkd.2019.10.004. Epub 2020, 4 de fevereiro. PMID: 32033860.

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