Espírito Santo amplia entrada à mamografia para mulheres com 40 anos ou mais
O Espírito Santo deu um passo significativo na ampliação do entrada aos exames de mamografia, um dos principais métodos de detecção precoce do cancro de seio. A partir deste mês, todas as mulheres com 40 anos ou mais poderão fazer o vistoria pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A medida, inédita no estado, foi oficializada nesta quinta-feira (24) por meio da Portaria 144-R/2024, publicada no Quotidiano Solene.
A decisão de antecipar a fita etária de rastreio dos 50 para os 40 anos baseou-se no aumento dos diagnósticos de cancro da seio em mulheres mais jovens. Dados da Secretaria de Saúde (Sesa) mostram que, em 2023, foram detectados 373 novos casos de cancro de seio em mulheres de 40 a 49 anos, superando o número de diagnósticos em mulheres de 50 a 59 anos, que totalizou 344 casos. Em 2024, até agosto, a diferença manteve-se, com 195 novos casos na fita etária dos 40 aos 49 anos, face a 189 entre os 50 e os 59 anos.
A partir da publicação da portaria, a mamografia será oferecida a cada dois anos para mulheres de 40 a 69 anos, mesmo na falta de sintomas. O objetivo é prometer o diagnóstico precoce, necessário para promover melhor qualidade de vida e maior sobrevida aos pacientes, uma vez que destacou o coordenador do projeto de expansão, da Sesa Vigilância do Cancro. “A antecipação da fita etária visa prometer o zelo integral à saúde da mulher, pois observamos um aumento no número de diagnósticos em mulheres mais jovens”, ele afirmou.
O cancro de seio tem maior incidência entre as mulheres no Brasil e também no Espírito Santo. Segundo o Instituto Pátrio do Cancro (INCA), a estimativa para o estado é de muro de 900 novos casos por ano, com risco aproximado de 42,20 casos para cada 100 milénio mulheres.
“Com a expansão, queremos oferecer um atendimento mais integral e reduzir o impacto da doença, tanto na saúde dos pacientes quanto no sistema de saúde uma vez que um todo”, concluiu o coordenador do Núcleo Privativo de Programação de Serviços de Saúde (NEPSS), que também participou da elaboração do projeto.
O novo protocolo procura não exclusivamente melhorar a sobrevida dos pacientes, mas também minimizar os impactos socioeconômicos decorrentes do diagnóstico tardio da doença, uma vez que os custos do tratamento aumentam consideravelmente quando o cancro é detectado em estágios mais avançados.
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