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Jogos Paralímpicos: Júlio César Agripino conquista ouro e bate recorde mundial na prova de 5 km

Jogos Paralímpicos: Júlio César Agripino conquista ouro e bate recorde mundial na prova de 5 km

Jogos Paralímpicos: Júlio César Agripino conquista ouro e bate recorde mundial na prova de 5 km

O Brasil estreou em grande estilo no primeiro dia de atletismo nos Jogos Paralímpicos de Paris com uma dobradinha no pódio do Stade de France.

O paulista Júlio César Agripino, oriundo de Diadema, conquistou a medalha de ouro, com recta a recorde mundial e paralímpico, ao completar a prova de 5 milénio metros da classe T11 (deficiência visual) em 14min48s85, três segundos adiante do nipónico . Kenya Karasawa (14min51s48), que ficou com a prata.

Yeltsin Jacques, do Mato Grosso do Sul, ficou com o bronze na terceira colocação (14min52s61).

“Estou muito feliz, é muita emoção ser vencedor paralímpico e desancar o recorde mundial. Dá para ver a força da periferia, só comecei a treinar quando tinha um campo pequeno. Mas com muita força e mandamento consegui vencer, sempre há altos e baixos na vida, mas agora sou vencedor paralímpico. Também dedico esta medalha ao meu avô”, disse Agripino, 33 anos, emocionado posteriormente ocupar o primeiro ouro da curso nos Jogos Paralímpicos, em declarações ao Comitê Paralímpico Brasílio (CPB).

Em maio, Júlio César, de 33 anos, já havia se evidenciado com a prata na mesma prova dos 5 milénio metros do Mundial de Kobe (Japão), vencida pelo seu compatriota Yeltsin. Aos sete anos, o paulistano de Diadema foi diagnosticado com ceratocone, doença degenerativa da córnea.

“Sempre tive dificuldade de controlar a segmento mental, de concentração. Cheguei muito condicionado, mas não consegui me concentrar. Ontem falei com minha psicóloga, falei que estava um pouco nervoso, mas hoje acordei e pensei, vou vencer. “Ela disse que reagiria muito e foi o que aconteceu”, Júlio César comemorou.

Restaurado de lesão, Jacques Yeltsin, vencedor dos 5 milénio metros nos Jogos de Tóquio, também comemorou a medalha de bronze.

“Muito feliz pelo Júlio. Tive uma lesão, peguei uma virose, o que acabou dificultando um pouco a minha preparação. Mas uma vez que dizia minha esposa, ou você chupa o limão azedo ou faz a limonada. Tenho a sensação de missão cumprida.” disse Yeltsin, 32 anos, que nasceu com problemas de visão.

Detentor do recorde mundial dos 1.500 m T11, com o tempo de 3min57s60 – que lhe rendeu o ouro nos Jogos de Tóquio – Yeltsin volta às pistas na próxima segunda-feira (2 de setembro). Ele disputará a prova classificatória dos 1.500 metros, assim uma vez que Júlio César Agripino, vencedor mundial na prova de Kobe (Japão).

O atletismo é o esporte que mais medalhas conquistou para o Brasil na história dos Jogos Paralímpicos. O totalidade de pódios, com ouro e bronze conquistados nesta sexta-feira (30), foi de 172 (49 ouro, 70 prata e 53 bronze).

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