Lula parabeniza presidente eleito da Bolívia e defende América Latina porquê ‘zona de sossego’
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve intensa agenda internacional nesta segunda-feira (20), em Brasília. Pela manhã, ele parabenizou o presidente eleito da Bolívia, Rodrigo Tranquilidade, pela vitória nas urnas de domingo (19) e, em outro compromisso, defendeu a soberania da América Latina ao receber as credenciais de 28 novos embaixadores. As duas ações destacam a prioridade do governo brasílico nas relações com os países vizinhos e na manutenção da firmeza regional.
Relacionamento com a Bolívia
Em publicação em suas redes sociais, Lula informou que enviou uma epístola ao novo presidente boliviano, que é senador pelo Partido Democrata Cristão (PDC), de centro-direita. Na mensagem, o presidente brasílico reiterou o foco do Brasil na relação bilateral.
“Na epístola reitero a prioridade do governo brasílico no relacionamento com a Bolívia, com quem compartilhamos uma extensa fronteira, mas também uma relação de amizade e saudação”, escreveu Lula. Ele afirmou ainda que o governo brasílico continua comprometido em trabalhar em questões de interesse reciprocamente. “A Bolívia é o parceiro fundamental do Brasil na construção de uma América do Sul mais integrada, justa e solidária”, afirmou.cresceu.
Lula destacou que a desfecho do processo eleitoral boliviano “numa atmosfera de tranquilidade e simetria” demonstra o compromisso da sociedade do país com a democracia, valor que, segundo ele, “deve continuar a guiar toda a nossa região.”
A eleição de Rodrigo Tranquilidade ocorre em meio a uma crise econômica e marca o termo de um ciclo de quase duas décadas de governos do Movimento ao Socialismo (MAS). Tranquilidade derrotou seu rival conservador, Jorge “Tuto” Quiroga, com uma plataforma considerada moderada, que promete manter os programas sociais e incentivar o setor privado. Apesar da vitória, o PDC não obteve maioria legislativa, o que exigirá a formação de alianças para governar. A posse do novo presidente está marcada para 8 de novembro.
Soberania regional
Na manhã desta segunda-feira, Lula recebeu as credenciais dos 28 novos embaixadores que trabalharão no Brasil, em cerimônia coletiva no Palácio do Planalto. No oração aos diplomatas, o presidente defendeu a soberania da América Latina e destacou a prioridade de manter a região porquê uma “zona de sossego”.
“Somos um continente livre de armas de ruína em volume, sem conflitos étnicos ou religiosos. As intervenções estrangeiras podem provocar danos maiores do que pretendem evitar”, afirmou. disse Lula, num contexto recente em que o Brasil e a maioria dos países da região expressaram “profunda preocupação” com movimento militar “extrarregional” no Caribe, uma referência indireta ao envio de equipamento militar pelos Estados Unidos para a costa da Venezuela.
O presidente também mencionou que a região passa por “um momento de crescente polarização e instabilidade” e reforçou o compromisso do Brasil com o multilateralismo. “Eles serão tratados e cuidados pelo Itamaraty porquê se fossem nossos amigos de muitos anos, porque o que queremos é mostrar ao mundo que precisamos fortalecer o multilateralismo”, pronunciado.
Durante sua fala, Lula mencionou que já visitou 37 países em seu terceiro procuração e destacou os eventos internacionais que o Brasil sediará nascente ano, porquê a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em novembro, e a Cúpula do Mercosul, em dezembro.
Protocolo diplomático
A entrega de credenciais é uma formalidade que permite plenamente ao emissário trenar as suas funções no país. Sem nascente ato, o diplomata não pode simbolizar oficialmente a sua região em cerimónias ou audiências. O processo começa com uma consulta, chamada de agrément, em que o governo estrangeiro pede autorização ao Brasil para indicar o nome.
A partir desta segunda-feira, representantes das seguintes nações estão autorizados a atuar no país: El Salvador, Albânia, Camboja, Tailândia, Tanzânia, Bielorrússia, Quênia, Omã, República Dominicana, Burkina Faso, Bangladesh, Mauritânia, Sudão, Senegal, Uruguai, República Democrática do Congo, Suíça, Holanda, Bélgica, Emirados Árabes Unidos aderiram. Emirados Árabes Unidos, Irlanda, Zâmbia, Áustria, Finlândia, Malásia, Gana, Líbano e Sri Lanka.
Share this content:
Publicar comentário