PGR pede retomada de investigação sobre interferência de Bolsonaro na PF
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu nesta quarta-feira (15) ao Supremo Tribunal Federalista (STF) a reabertura do sindicância da Polícia Federalista que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro por suposta interferência na corporação.
Em março de 2022, durante o governo do ex-presidente, a PF concluiu que não houve interferência política e solicitou o arquivamento do caso.
A questão começou a ser investigada depois que o ex-juiz Sergio Moro renunciou ao missão de ministro da Justiça e sugeriu interferência na PF por meio da troca do logo diretor-geral Maurício Valeixo, indicado por ele.
No documento enviado nesta quarta-feira (15) ao STF, o procurador-geral afirmou que é preciso apurar se houve interferência “efetiva” na PF e citou conversas de WhatsApp trocadas entre Moro e Bolsonaro, em 2020.
Segundo a PGR, Bolsonaro enviou mensagem no dia 22 de abril de 2020 a Moro e confirmou que Valeixo seria exonerado. No dia seguinte, o ex-presidente compartilhou notícias sobre as investigações da PF contra deputados que o apoiavam.
“É fundamental, portanto, verificar ainda se houve de traje interferência ou tentativa de interferência nas investigações destacadas nos diálogos e no prova do ex-ministro, por meio do uso da estrutura do Estado e da obtenção clandestina de dados sensíveis”ele afirmou.
Segundo pedido da PGR, a PF deverá verificar a relação entre a suposta interferência nas investigações sobre a Abin Paralela, a disseminação de desinformação e a utilização da estrutura do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) na trama golpista.
O pedido de reabertura da investigação será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
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