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Secretaria de Saúde investiga foco de contaminação no Hospital Santa Rita, em Vitória

Secretaria de Saúde investiga foco de contaminação no Hospital Santa Rita, em Vitória

Secretaria de Saúde investiga foco de contaminação no Hospital Santa Rita, em Vitória

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) investiga um provável surto de contaminação ambiental no Hospital Santa Rita de Cássia, em Vitória, em seguida funcionários da instituição apresentarem sintomas com “alterações radiológicas sugestivas de pneumonia” durante a última semana. Relatos de profissionais da unidade, divulgados com exclusividade pelo portal ES Hoje, indicam que o número de infectados pode chegar a 30. O hospital, por sua vez, confirma a internação de 14 funcionários. A Sesa investiga a origem do evento e concentra as suspeitas no sistema de chuva ou ar condicionado, que podem estar contaminados pela bactéria Legionella pneumophila.

A investigação da Vigilância Sanitária da Sesa, segundo o secretário estadual de Saúde, Tyago Hoffmann, começou nesta segunda-feira (20), em seguida a secretaria receber relatos de contaminação durante o termo de semana. A principal suspeita é de legionelose, também conhecida porquê Doença dos Legionários, um tipo de pneumonia.

“Coletamos amostras de sangue e urina de pessoas infectadas e realizamos exames pulmonares em algumas dessas pessoas. Também coletamos amostras ambientais de superfícies com as quais esses profissionais tiveram contato, chuva e ar condicionado”, disse. confirmou o secretário. Hoffmann acrescentou que as equipas de vigilância permanecem no hospital e que mais de 300 tipos de testes estão a ser realizados pelo laboratório medial, destacando que alguns resultados demoram.

Divergência de números e relatórios
Enquanto a Sesa e o hospital investigam, há divergência nos números de atingidos e preocupação entre os profissionais.

Em nota solene, o Hospital Santa Rita informou que 14 funcionários estavam internados, sendo dois internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Atualmente, segundo a instituição, seis permanecem na enfermaria e somente um na UTI, todos “em evolução clínica favorável”. O hospital afirma ainda que não houve novas internações desde 22 de outubro.

Porém, informações colhidas pelo ES Hoje, e divulgadas pela jornalista Mary Martins nesta sexta-feira (24), indicam que o surto já deixou 30 pessoas hospitalizadas. Relatos de funcionários ouvidos pelo portal indicam que o número de afetados pode ser maior, com um técnico de enfermagem internado na UTI “em estado grave e intubado”.

Um funcionário relatou ao ES Hoje: “Já há 26 funcionários internados. Há pessoas entubadas. Colocam máscara cirúrgica em quem dá positivo e deixam no meio do pronto-socorro. É horroroso.”

Posição solene da Sesa e do Hospital
Tanto a Sesa quanto o Hospital Santa Rita afirmam que o evento parece restrito aos funcionários e ao meio envolvente. A nota solene da Sesa destaca que, “Até o momento não há evidências de transmissão interpessoal ou registros de novos casos com início recente de sintomas, o que indica que o evento está restrito ao envolvente e grupo afetado.”

O hospital reforça esta posição, afirmando que “nenhum paciente internado apresentou sintomas semelhantes, o que levou à hipótese inicial de uma provável motivo ambiental”.

A instituição garante que “Todos os serviços e serviços continuam a funcionar normalmente” e isso “todas as cirurgias continuam normalmente”, o reagendamento poderá ocorrer a critério do médico ou paciente.

Contágio e medidas de segurança
Apesar da versão solene da carência de transmissão interpessoal, reportagens ouvidas pelo ES Hoje contradizem as informações. Uma mulher relatou ao portal que foi infectada pelo marido, que deu ingressão na unidade no dia 11 de outubro. Outros relatos indicam que vários acompanhantes também apresentam sintomas.

Os profissionais de saúde expressaram terror e preocupação com os protocolos de segurança. “Minha mãe e minha vizinha, ambas funcionárias deste hospital, apresentam sintomas recorrentes de dor de goela há mais de duas semanas. O gerente disse que usar máscara não é importante.disse um profissional ao ES Hoje.

Segundo relatos, o surto estaria concentrado em um setor ligado ao atendimento do SUS. Os relatos indicam que não haveria leitos de isolamento suficientes e que os pacientes infectados permaneceriam nas áreas comuns do pronto-socorro, aumentando os riscos para grupos vulneráveis, porquê pacientes com cancro ou pacientes em hemodiálise.

Entre as medidas adotadas pelo hospital, os funcionários relatam a vedação de bebedouros e a distribuição de garrafas individuais de chuva mineral. Um enviado interno teria aconselhado o uso quotidiano de máscaras cirúrgicas, reservando os modelos N95 somente para casos de isolamento respiratório.

Monitor Coren-ES
O Parecer Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES) informou em nota que não foi notificado oficialmente sobre o caso, mas que atuará caso sejam identificadas situações que envolvam risco aos profissionais de enfermagem.

O recomendação esclareceu ainda que “não tem cultura para investigar ou confirmar situações de natureza epidemiológica ou sanitária, funções que competem à Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) e aos órgãos de Vigilância Sanitária e Epidemiológica”.

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