Viúvo de Gilberto Braga critica Manuela Dias e reprova remake de “Vale Tudo”
O designer de interiores Edgar Moura Brasil, viúvo do responsável Gilberto Braga (1945-2021), manifestou publicamente sua insatisfação com o remake da romance “Vale Tudo”, reescrita por Manuela Dias. Em uma publicação em suas redes sociais na noite desta quarta-feira (1º), a três semanas do término da trama, ele afirmou que a autora não teve capacidade para harmonizar a obra original, exibida em 1988.
A sátira foi direcionada especificamente a Manuela Dias. “Manuela Dias não teve lastro nem intimidade intelectual para fazer um remake da monta de Gilberto Braga”, escreveu Edgar Moura Brasil. A postagem foi acompanhada por uma imagem do logotipo da romance com um “X” vermelho sobreposto. A romance, um dos maiores sucessos da teledramaturgia brasileira, foi reexibida em comemoração aos 60 anos da Mundo e seu último capítulo está previsto para 17 de outubro.
Gilberto Braga, falecido em 2021, foi o responsável da primeira versão de “Vale Tudo”, em parceria com Aguinaldo Silva e Leonor Bassères (1926-2004). Ele e Edgar Moura Brasil foram companheiros por 48 anos. Posteriormente a morte do dramaturgo, o viúvo chegou a movimentar uma ação judicial contra a Mundo referente ao pagamento do último salário de Braga, mas não obteve sucesso.
Repercussão nas redes
A publicação de Edgar Moura Brasil gerou diversas reações de seguidores e personalidades. O ator Fábio Villa Verdejante, que interpretou o personagem Tiago Roitman na versão de 1988, concordou com a sátira e comentou na postagem. “Pra quem teve a honra de participar da primeira versão, essa agora é praticamente outra obra. Guardo com muito carinho a nossa obra do Gilberto, Leonor e Aguinaldo, grandes mestres. Gratidão por ter feito secção do elenco que até hoje é memorável”, declarou o ator.
O público se dividiu nos comentários. Houve quem apoiasse a posição do viúvo. “Trouxe verdades”, escreveu um usuário do Instagram. Outro seguidor comentou: “Concordo, foi um péssimo remake”. Uma terceira pessoa criticou a autora: “Ela foi muito desrespeitosa com os autores e atores da versão original”.
Por outro lado, secção dos internautas defendeu a novidade versão da romance e a autora. “Não concordo… Essa versão se adaptou aos dias atuais e os atores são sensacionais”, disse uma usuária. Outra pessoa considerou a sátira deselegante: “Que deselegante falar do trabalho de outras pessoas”. Um glosa analisou o contexto da produção: “Esse remake, em si, foi um erro brutal. O que ainda salva a audiência é o carisma dos atores, sobretudo o da Debora Bloch. A Vale Tudo de 1988 é atemporal”.
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