Carregando agora

Governo mantém críticas à 4ª versão do PL Antifação e acusa relator de disputa política

Governo mantém críticas à 4ª versão do PL Antifação e acusa relator de disputa política

Governo mantém críticas à 4ª versão do PL Antifação e acusa relator de disputa política

O debate sobre o Projeto de Lei Antifração (PL) continua em Brasília, mesmo em seguida o relator, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), apresentar a quarta versão do texto. Nesta quinta-feira (13), o secretário pátrio de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Marivaldo Pereira, manteve suas críticas à proposta, afirmando que ela “descapitaliza” a Polícia Federalista e pode gerar “caos jurídico”. Em meio à disputa e aos pedidos de mais tempo para estudo, o presidente da Câmara, Hugo Motta, decidiu prolongar a votação do projeto para a próxima terça-feira (18).

O PL Antifação original foi enviado pelo governo federalista à Câmara em seguida uma operação no Rio de Janeiro que resultou em 121 mortes, com o objetivo de endurecer penas e sufocar economicamente organizações criminosas. Porém, segundo Pereira, o relator, que é secretário de Segurança Pública de São Paulo e renunciou ao incumbência para assumir o projeto, não dialogou com o Executivo e apresentou um relatório “completamente dissemelhante”.

Críticas à proposta
Em entrevista à Dependência Brasil, Marivaldo Pereira detalhou os problemas que, segundo o governo, persistem na quarta versão do relatório, agora rebatizado de Marco Lítico de Combate ao Violação Organizado Ultraviolento no Brasil. “Caos jurídico” Um dos pontos centrais é o que Pereira labareda de “problema estrutural”. Segundo ele, o relator criou uma novidade norma sem considerar o conjunto de normas existentes (Código Penal, Código de Processo Penal, Lei de Combate às Organizações Criminosas, etc.).

“Se a proposta for aprovada uma vez que está, veremos um verdadeiro caos jurídico porque há uma série de regras contraditórias que abrirão oportunidade para que os investigados comecem a questionar qual regra realmente se aplica”, disse Pereira. Avalia que isso causará atrasos nas investigações e processos.

O secretário do MJSP criticou a proposta por não ser eficiente em sufocar financeiramente as facções. “É importante que nos concentremos no coração destas organizações. E o seu coração é a sua carteira.” defendido.

Pereira afirma que o texto de Derrite, ao propor a distribuição dos bens apreendidos com recursos estatais, na verdade “descapitaliza os fundos de segurança do governo federalista”, uma vez que Funapol (Fundo da Polícia Federalista), Funad (Fundo Vernáculo Antidrogas) e Fundo Vernáculo de Segurança Pública (FNSP). “A proposta, tal uma vez que está, descapitaliza recursos do governo federalista e prejudicará diretamente as operações da PF.” esses.

O governo também critica a mudança no mecanismo de confisco de bens. A proposta original do Executivo procurava um mecanismo “sério e não burocrático” para expropriar bens mesmo que o processo criminal não fosse concluído (por exemplo, em caso de morte do arguido).

Segundo Pereira, o texto do relator exige primeiro a pena criminal, para só depois permitir a ação cível para reclamar os bens. “Em outras palavras, você gasta de 20 a 30 anos para desaprovar, depois passa mais 20 a 30 anos tentando restabelecer esses bens”, que, para ele, “Isso acaba favorecendo organizações criminosas.”

Pereira destacou ainda que o texto abre brecha para criminalizar os movimentos sociais. Citou um dispositivo (item 2º, parágrafo 3º) que, na sua opinião, poderia punir os manifestantes com penas de 12 a 30 anos. “Se as mães desses alunos formassem um círculo ao volta da escola para evitar a ação policial, elas poderiam ser incluídas nesta disposição.” exemplificado. “Há muitas coisas nesta opinião que, ao mesmo tempo, são muito mal feitas e muito perversas”.

A disputa política
O secretário do MJSP acusou Derrite de agir politicamente. “Ele (Derrite) não veio para resolver o problema da segurança pública, veio com o intuito restrito de fazer uma disputa política, mesmo que isso exigisse produzir o caos”, declarou Pereira à Dependência Brasil, afirmando que o relator era “enviado a Brasília pelo governador Tarcísio (de Freitas, de São Paulo)”.

A estudo da Folha de S.Paulo indica que o “tropeço” inicial de Derrite, que em sua primeira versão reduziu os poderes da PF e os submeteu aos governadores, colocou em risco a vantagem da direita na agenda de segurança, que pretendem usar em 2026. A versão inicial foi criticada por especialistas, pela PF, pelo MP e até pelos aliados.

O deputado Sanderson (PL), vice-líder da oposição e da Polícia Federalista, disse à Folha que “faltou informação” e que a proposta de redução de funções da PF “não seria votada” na percentagem.

Ainda segundo a Folha, a direita (PP, PL, Republicanos e União Brasil) pretende se unir em torno de propostas de segurança para 2026. O próprio governador Tarcísio de Freitas defendeu a proposta de equiparar facções a organizações terroristas, exposição desempenado com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Melrite, por sua vez, sustentou que sua versão procura enfrentar a impunidade endurecendo as penas. Ele nega que seu relatório prejudique a atuação da PF ou do MP, classificando as críticas uma vez que “falsas narrativas”. “A minha opinião reforça o poder de investigação do MP e da polícia”, afirmou, manifestando a vontade de “melhorar o texto para que não haja dúvidas”.

Governo procura declamar os seus próprios projectos
Enquanto tramita o PL de Derrite, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta quinta-feira (13) com ministros de estado que foram governadores para discutir os projetos prioritários do Executivo na extensão de segurança, informou a Dependência Gov.

Segundo a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), o presidente pediu o esforço dos ministros para conscientizar os parlamentares e prometer a aprovação de seus textos, principalmente a PEC da Segurança, que visa integrar forças federais, estaduais e municipais, e o PL 5582/2025 (texto original do PL Antifacção).

Hoffmann destacou ainda o projeto do “devedor contumaz”, já ratificado no Senado e agora na Câmara, uma vez que “fundamental para termos um combate focado ao transgressão organizado”, citando a operação “Carvão Oculto” da Polícia Federalista.

nascente da materia

Share this content:

Publicar comentário