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Moraes e Dino votam pelo impeachment de Eduardo Bolsonaro por tentar obrigar o STF

Moraes e Dino votam pelo impeachment de Eduardo Bolsonaro por tentar coagir o STF

Moraes e Dino votam pelo impeachment de Eduardo Bolsonaro por tentar obrigar o STF

Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federalista (STF), votaram nesta sexta-feira (14) em prol do guarida da denúncia apresentada pela Procuradoria-Universal da República (PGR) contra o deputado federalista Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Com o placar atual de 2 a 0 na Primeira Câmara, o parlamentar está mais perto de ser réu do transgressão de filtração durante o processo. A PGR acusa Eduardo Bolsonaro de trabalhar nos Estados Unidos para promover sanções contra as autoridades brasileiras, com o objetivo de interferir no processo que resultou na pena do seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado.

O julgamento acontece no plenário virtual da Primeira Turma e deve resistir até 25 de novembro, a menos que haja solicitação de visualização ou destaque. Moraes, relator do caso, foi o primeiro a votar e estava escoltado de Dino. Os ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin ainda precisam votar. Se a maioria admitir a denúncia, será ensejo ação penal contra o deputado. A estudo substantiva, que decide se condena ou absolve, é realizada em outra tempo.

O voto do orador
Ao tutorar o recebimento da denúncia, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que a PGR detalhou a conduta criminosa e demonstrou a “presença de justa culpa necessária à instauração da ação penal”.

Segundo Moraes, a “prenúncio grave”, que exige o transgressão de filtração, “materializada através da fala e obtenção de sanções por secção do governo dos Estados Unidos da América.” O ministro citou a emprego de tarifas nas exportações para o Brasil, a suspensão de vistos de ingresso para autoridades brasileiras e a emprego da Lei Magnitsky (mecanismo norte-americano para punir estrangeiros) a ele e sua esposa.

O relator destacou ainda que Eduardo Bolsonaro tentou “produzir um envolvente intimidador para as autoridades responsáveis ​​pelo julgamento de Jair Messias Bolsonaro” e também “para as autoridades responsáveis ​​por um verosímil projeto de anistia”.

A denúncia da PGR
A Procuradoria-Universal da República acusa Eduardo Bolsonaro e o blogueiro Paulo Figueiredo Fruto de cometerem o transgressão de filtração durante o processo, que acarreta pena de 1 a 4 anos de prisão. A delação contra Figueiredo foi desmontada e será analisada separadamente.

Segundo a PGR, os dois agiram para atrapalhar o curso do processo do STF que investigava a trama golpista, em que Jair Bolsonaro foi sentenciado a 27 anos e três meses de prisão. A estratégia, segundo a denúncia, foi produzir um “clima de instabilidade e terror”, projetando represálias estrangeiras contra as autoridades e o isolamento do país para evitar a pena.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou na denúncia que “Os factos expostos nesta delação baseiam-se num sólido corpo probatório, constituído, nomeadamente, por declarações públicas dos investigados, nas suas redes sociais e em entrevistas, muito uma vez que por dados extraídos de telemóveis apreendidos.”

Gonet escreveu isso “A dupla acusada anunciou as sanções com antecedência, comemorou quando foram impostas e designou-as, elas próprias, uma vez que um prenúncio de mais se o Supremo Tribunal não cedesse.”

O que diz a resguardo
O deputado federalista, que atualmente reside nos Estados Unidos, não respondeu à delação e está sendo representado pela Defensoria Pública da União (DPU).

A DPU defendeu o indeferimento da denúncia, alegando que as declarações atribuídas ao parlamentar são “declarações públicas sobre política externa, sanções económicas e críticas a decisões judiciais.” A resguardo sustenta que não houve violência ou prenúncio grave, requisitos objetivos do transgressão. “O delito criminal exige violência ou prenúncio grave uma vez que requisito objetivo do transgressão. Neste caso, a denúncia não descreve qualquer ato de violência cometido pelo Queixoso contra qualquer domínio”, afirmou o Provedor de Justiça.

Em nota conjunta publicada em setembro, posteriormente a denúncia, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo afirmaram que atuavam para “emendar abusos e injustiças” e disseram que foram “vítimas de perseguição política”.

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