Governador Casagrande anuncia negociações finais para negócio de Mariana
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, anunciou nesta quinta-feira (17), por meio das redes sociais, que estão concluindo as tratativas finais do negócio de reparação do sinistro de Mariana.
“Concluí minha agenda em Brasília em reunião com o ministro-chefe do Ministério Público, Jorge Messias, para discutir os detalhes finais do negócio de Mariana. O negócio está em negociações finais e deverá ser assinado em breve”, ele afirmou.
Na terça-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com ministros para discutir o negócio de reparação. A tragédia ambiental, ocorrida em novembro de 2015 em Minas Gerais, matou 19 pessoas e despejou no meio envolvente murado de 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro, afetando comunidades e rios, incluindo o Rio Gulosice, no Espírito Santo. Desde portanto, o negócio de indemnização enfrentou impasses quanto aos valores a serem pagos pelas mineradoras Samarco, BHP e Vale, responsáveis pelo sinistro.
A renegociação do negócio é mediada pelo Parecer Pátrio de Justiça (CNJ) desde o ano pretérito, depois o fracasso de acordos anteriores. A expectativa é que o novo negócio garanta pelo menos R$ 100 bilhões em compensações.
Os valores em negociação incluem 37 bilhões de reais já investidos em reparos e indenizações, 82 bilhões de reais que serão pagos em 20 anos ao governo federalista, aos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, além dos municípios atingidos, e outros R$ 21 milénio milhões em obrigações a executar. Espírito Santo e Minas Gerais concordam com os valores propostos.
“Ainda não sabemos o valor exato, (mas) os valores estão nesse patamar, além do que já foi investido, em torno de R$ 100 bilhões. O que tivemos que fazer (para o ES concordar o negócio) foi a inclusão dos municípios do litoral setentrião do Espírito Santo, das comunidades indígenas e dos pescadores, mas o TRF-6 já tomou essa decisão, só falta ser legalizado. , assim está resolvido”, Casagrande disse em setembro.
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O presidente Lula criticou a Vale por não honrar o negócio de reparação. Em junho, o presidente afirmou que a mineradora “está enganando o povo” das cidades atingidas pelo rompimento da barragem, tanto em Mariana quanto em Brumadinho, onde ocorreu outro sinistro em 2019. Lula questionou o demorado na construção de moradias e no pagamento de indemnização às vítimas. exigindo ação rápida da empresa.
“Vamos ser francos. Não é folguedo. Ele tem sete anos. Você criou uma empresa? Para fazer o quê? Esta empresa já construiu as casas? Você já pagou indenização? disse o presidente na idade. Lula também destacou a premência de recuperação do Rio Gulosice e disse estar disposto a negociar a dívida da Vale diretamente com os atingidos.
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