Orquestra Brasileira de Cantores Cegos retorna ao palco do Teatro Universitário em Vitória
Quem ainda não assistiu aos espetáculos da Orquestra Brasileira de Cantores Cegos terá a oportunidade única de conferir os dois repertórios apresentados pelo grupo nas temporadas de 2023 e 2024. Ao todo, são 35 canções da tradição verbal brasileira que serão apresentadas nas próximas terça-feira (10) e quarta-feira (11), às 20 horas, no Teatro Universitário, localizado na Universidade Federalista do Espírito Santo (Ufes), em Vitória.
O grupo formado por 16 cantores cegos — acompanhados pelo som de um piano de rabo — traz ao palco um conjunto de músicas de domínio público que são inéditas para os espectadores em universal. A ingresso é gratuita e os ingressos devem ser solicitados por meio do site Le Billet. Cada pessoa pode retirar até dois ingressos, pelo link disponibilizado no perfil @osquestra.br.decantorescegos no Instagram.
A temporada de 2025 é promovida com recursos da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba (LICC) e patrocínio da EDP, distribuidora de virilidade elétrica do Espírito Santo, com o suporte do Governo do Espírito Santo, por meio da Secretaria da Cultura (Secult), e a realização da Associação Sociedade Cultura e Arte (SOCA Brasil), em parceria com a Cia Poéticas da Cena Contemporânea e o Espaço Contêiner.
Viagem músico pelo Brasil
Um passeio pela tradição de comunidades populares de todas as regiões do Brasil é a marca dos repertórios que a Orquestra Brasileira de Cantores Cegos traz para os espetáculos.
O trabalho de pesquisa da musicista Renata Mattar procura a pluralidade de culturas e territórios. A artista percorre o País visitando comunidades e colhendo canções transmitidas de forma verbal de geração em geração, utilizadas em atividades coletivizadas de trabalho, festejos e brincadeiras, por exemplo.
O primeiro repertório, que estreou em 2023, conta com ritmos e tradições que incluem o congo do Espírito Santo, o bumba-meu-boi do Maranhão, o coco de Tebei de Tacaratu (PE), a cantiga de ninar do povo Mehinako, do Cimeira Xingu (MT), e um esquina sagrado guarani da povoação de Marak’anã (RJ).
O repertório da estreia do projeto será apresentado no espetáculo da terça-feira (10) e também traz canções de trabalho da roupão de feijoeiro de Serra Preta (BA), além das destaladeiras de fumo de Arapiraca (AL).
Um segundo repertório ganhou a cena em 2024 e ganhará novamente o palco na quarta-feira (11), com cantigas tradicionais do Espírito Santo e de Pernambuco, um esquina das fiandeiras de algodão do Vale do Jequitinhonha (MG), uma cantiga das mulheres plantadeiras de arroz de Sergipe, um fandango do Vale do Ribeira (SP), um coco do Rio Grande do Setentrião e um coco de roda de Arapiraca (AL), um esquina de mutirão de roça de Caxias (MA) e uma congada de Justinópolis (MG), além de cantigas da roda pisada e da roupão do milho de Serra Preta (BA), uma música da dança de pares da comunidade Kalunga de Cavalcanti (GO), e uma cantiga sagrada do povo indígena Guajajara (RJ), cantada em tupi.
A cultura verbal brasileira ainda tem muito a ser explorada e, por conta dessa riqueza, um terceiro repertório já está sendo pesquisado por Renata Mattar para ser apresentado ainda oriente ano, no mês de novembro.
Espetáculo cênico-musical
A Orquestra Brasileira de Cantores Cegos tem direção artística de Rejane Arruda, regência percussiva do maestro Thomas Davison, o séquito da pianista Evelyn Drummond e ações performativas executadas pelos atores da Cia Poéticas da Cena Contemporânea.
A linguagem da encenação da Orquestra foi construída com elementos cênicos com constantes deslocamentos, um design de luz feito pelo iluminador André Stefson, que explora contrastes entre claros e escuros, e um figurino de responsabilidade de Antônio Apolinário, que traz elementos populares.
Os arranjos musicais são outro ponto potente do trabalho. Construídos por Tarita de Souza, eles têm potente relação com a música moderna brasileira, remetendo a compositores uma vez que Guerra Peixe e Villa Lobos e dialogando com o popular e o erudito.
Acessibilidade
As pessoas com deficiência podem enviar uma mensagem para o número de WhatsApp da organização (27) 99609-8181 para suplente de ingressos e alinhamento sobre as condições de guarida durante a chegada ao sítio da apresentação e na disposição para observar ao espetáculo.
A organização do evento também disponibiliza instrução e monitoria, que devem ser solicitadas por meio do WhatsApp. Um grupo de voluntários integra a equipe para a recepção do público de escolas, idosos e pessoas com deficiência, além do público em universal.
Recursos de acessibilidade estarão disponíveis e incluem a audiodescrição para pessoas cegas, a presença de intérpretes para fazer a tradução simultânea em Libras e também o espaço sensorial para pessoas do espectro autista.
Ou por outra, o Teatro Universitário da Ufes é um sítio alcançável que conta com elevador, rampas de entrada, banheiros adaptados e lugares reservados para a disposição de pessoas com deficiência física.
ORQUESTRA BRASILEIRA DE CANTORES CEGOS
- 10 e 11 de junho (terça-feira e quarta-feira)
- Teatro da Universidade Federalista do Espírito Santo (Ufes) – Avenida Fernando Ferrari, Goiabeiras – Vitória (ES)
- 20 horas
- WhatsApp SOCA BRASIL: (27) 99609-8181 (agendamento de turmas, grupos, PCD e idosos)
- Ingresso gratuita, com retirada de ingressos no site LeBillet (www.lebillet.com.br)
Primeiro repertório
10 de junho, terça-feira
Confira a apresentação de 2023:
Segundo repertório
11 de junho, quarta-feira
Confira a apresentação de 2024:
Sites:
Orquestra Brasileira de Cantores Cegos:
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