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Saiba uma vez que identificar o maruim, principal vetor da Febre Oropouche

Saiba como identificar o maruim, principal vetor da Febre Oropouche

Saiba uma vez que identificar o maruim, principal vetor da Febre Oropouche

Diante do aumento de casos de Febre Oropouche no Espírito Santo, a Secretaria de Saúde (Sesa) apresenta as características mais importantes do inseto maruim, principal vetor da doença.

O Oropouche é transmitido principalmente pela picada de um inseto chamado Culicoides paraensis, sabido popularmente uma vez que “maruim” ou “mosca da poeira”, dependendo da região. Depois de pungir uma pessoa ou bicho infectado, o vírus permanece no inseto por alguns dias e, quando esse inseto pica uma pessoa saudável, pode transmitir o vírus.

Entre as principais características do inseto está o seu pequeno tamanho. Diferentemente do Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e chikungunya, o maruim é considerado um inseto muito pequeno, medindo murado de 1,5 milímetro, podendo chegar a 3 milímetros, e muitas vezes é visto uma vez que unicamente um pontinho na pele.

O momento em que pica também é dissemelhante do Aedes. O maruim prefere o período da manhã e final da tarde, que é o seu preposto. Se o número de maruim for muito saliente na localidade, o inseto pode brigar durante todo o dia e sua presença também está associada a desconforto à população, pela picada dolorosa e persistência na sustento.

A referência técnica em Zoonoses e Doenças Vetoriais da Secretaria de Saúde, a bióloga Karina Bertazo, afirma que unicamente as fêmeas se alimentam de sangue e explica o lugar preposto do inseto para a postura dos ovos.

“O Maruim geralmente precisa de três coisas, que são: umidade, material orgânica e sombra. Portanto, vários tipos de plantações, uma vez que banana, moca, cacau, margens de rios, solos úmidos, material orgânica e até lixo são locais adequados.”esses.

A profissional informa ainda que no Estado há relatos da presença desse inseto em todo o território, porém, destaca que existem mais de 500 espécies de maruins no Brasil, “das quais unicamente uma, Culicoides paraenses, é incriminada uma vez que vetor da doença”.

Karina Bertazo complementa: “A principal propriedade ecológica do C.paraensis é a subida densidade populacional em uma superfície com plantações de banana, principal habitat desta espécie. Porém, também é encontrado em outros tipos de plantações que fornecem material orgânica, umidade e excedentes necessários. Estas, assim uma vez que as demais espécies de maruim, não são consideradas vetores urbanos, por isso os casos se concentram nas áreas rurais e periurbanas.”destacou a referência técnica.

Zelo
Uma das principais recomendações, principalmente nesta idade com a chegada do verão, período que caracteriza o aumento da infestação do maruim, é evitar áreas onde há infestação, principalmente para gestantes, uma vez que a Secretaria de Saúde já identificou transmissão vertical de Oropouche em quatro pacientes no Estado, além do caso de malformação congênita em recém-nascido.

Mas, caso isso não seja provável, a Sesa aconselha o uso de roupas de mangas compridas, calças compridas e sapatos fechados, uma vez que forma de evitar ser picado pela dourada. Outrossim, caso haja infestação perto de vivenda, é recomendado fechar as janelas nos horários de pico do vetor.

Para o Ministério da Saúde, as recomendações quanto aos principais cuidados a serem seguidos são:

  • Evitar contato com áreas de ocorrência e/ou minimizar exposição a picadas de vetores;
  • Use roupas que cubram a maior secção do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele;
  • Limpeza de terrenos e criadouros de animais;
  • Coleta de folhas e frutos que caem no solo;
  • Utilização de telas de malha fina em portas e janelas.

Moro em região com infestação de maruim e fui picado, o que devo fazer?
Os primeiros sintomas aparecem entre 3 e 8 dias depois a picada do inseto, podendo resistir de 2 a 7 dias. Os sintomas são semelhantes aos da dengue e da chikungunya, com quadro médico que pode evoluir com febre de início súbito, dor de cabeça, dores musculares e articulares.

Ao surgimento dos sintomas, é importante que a população procure imediatamente a unidade de saúde mais próxima e informe ao profissional de saúde sobre sua potencial exposição à doença. O diagnóstico para Febre de Oropouche é realizado por exames laboratoriais de biologia molecular (RT-qPCR), realizados pelo Laboratório Medial de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES).

Não existe tratamento específico disponível para a doença e os sintomas são tratados com a récipe de medicamentos que ajudam a atenuar os sintomas.

manadeira da materia

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