Pesquisa: 51% aprovam trabalho de Lula; 45% desaprovam
Pesquisa Quaest publicada nesta quarta-feira (2) mostra que a obra do presidente Lula (PT) é aprovada por 51% dos eleitores brasileiros e reprovada por 45%.
Outros 4% não sabem ou não responderam. A margem de erro da pesquisa é de mais ou menos dois pontos percentuais.
Em relação à pesquisa divulgada no dia 10 de julho, a aprovação do trabalho do presidente oscilou três pontos para plebeu e a desaprovação dois pontos para cima.
Veja os números:
- Aprovação: 51% (em julho eram 54%);
- Reprova: 45% (era 43%);
- Não sabe/não respondeu: 4% (era 3%).
A pesquisa mostra ainda que diminuiu o percentual de quem acha que o governo de Lula é melhor que o de Jair Bolsonaro (PL).
“O governo não consegue se diferenciar do governo anterior e por isso está perdendo a identidade. Se não fosse o Nordeste e os mais pobres, que votaram em Lula em 2022, a situação seria pior. Em outras palavras, o que impede o governo é a sua destituição, não a conquista do novo governo.”diz Felipe Nunes, diretor da Quaest.
Veja inferior mais detalhes da pesquisa.
Regiões
O trabalho de Lula tem maior aprovação na região Nordeste, onde 69% dos eleitores aprovam o trabalho do presidente e 26% desaprovam.
No Sudeste, a desaprovação de Lula aumentou e chegou a 53% (na pesquisa anterior era de 48%). Com isso, voltou a ser superior à aprovação, que oscilou para plebeu e ficou em 45% (estava em 48%).
O mesmo aconteceu no Meio-Oeste/Setentrião, onde a desaprovação oscilou para cima, chegando a 46% (era 42%) e empatou novamente com a aprovação, que oscilou para plebeu e chegou a 49% (era 53%). A margem de erro neste segmento é de cinco pontos percentuais.
No Sul, a desaprovação de Lula é de 53% (era de 54%) e a aprovação é de 42% (era de 43%), mantendo o empate técnico entre os dois indicadores (a margem de erro é de seis pontos).
Gênero
Lula continua sendo mais legalizado do que reprovado entre as mulheres, 55% a 41%, apesar das oscilações dentro da margem de erro: em julho, esses percentuais eram de 57% (aprovação) e 39% (reprovação).
Entre os homens, há empate técnico entre aprovação (48%) e reprovação (49%). Também houve oscilações nesse segmento: em julho a aprovação era de 50% e a reprovação era de 47%.
Idade
Entre os eleitores de 16 a 34 anos, Lula agora tem mais aprovação (53%) do que desaprovação (43%) (em julho houve empate técnico).
Entre os eleitores de 35 a 59 anos, a situação se inverte: em julho, Lula tinha índice de aprovação superior ao de desaprovação (56% contra 41%). Agora há empate técnico entre os dois indicadores (51% a 45%), dentro do limite da margem de erro, que é de três pontos para o segmento.
Houve também empate técnico entre aprovação e reprovação entre eleitores com 60 anos ou mais – 49% e 48% – respectivamente, o que não ocorria desde o início do governo.
Renda
Lula continua recebendo mais aprovação do que reprovação entre eleitores com renda familiar de até dois salários mínimos, mas a diferença entre esses dois indicadores diminuiu de 43 pontos para 30 desde a última pesquisa: no segmento, a aprovação do presidente no função foi de 69% para 62% na pesquisa atual. A desaprovação passou de 26% para 32%.
Entre os eleitores com renda familiar de dois a cinco salários mínimos, persiste um empate técnico entre aprovação (51%) e reprovação (46%), com oscilação positiva no primeiro caso e negativa no segundo.
Entre quem ganha mais de cinco salários mínimos, a desaprovação e a aprovação são de 57% e 40%, respectivamente. A intervalo entre os dois indicadores é a maior desde maio.
Religião
A desaprovação de Lula subiu sete entre os católicos, supra da margem de erro, e está no nível mais cumeeira desde o início do governo. A aprovação caiu seis pontos, até o limite da margem de erro, e chegou a 54%, o menor nível.
No eleitorado evangélico, a tendência de melhora que vinha ocorrendo desde maio foi revertida: a aprovação passou a oscilar para plebeu, chegando a 41%. A desaprovação, em subida, foi de 55%.
Instrução
Entre aqueles com ensino superior, Lula voltou a ter mais chances de reprovar do que de passar: a reprovação subiu oito pontos, de 51% para 59%, no limite da margem de erro do segmento (quatro pontos) e a aprovação caiu nove pontos, de 46 % a 37%.
Entre aqueles com ensino fundamental, a aprovação caiu três pontos e hoje está em 62% (em julho era de 65%). A desaprovação subiu quatro pontos, para 34% (era 30%).
Entre aqueles com ensino médio, as oscilações também ficaram dentro da margem de erro (3 pontos no segmento): a aprovação passou de 48% para 50% e a reprovação, de 49% para 46%.
Curso
Lula voltou a ter maior desaprovação do que aprovação entre os brancos (55% contra 40%) – na pesquisa anterior houve empate técnico (50% e 47%; a margem de erro é de quatro pontos no segmento).
Entre os que se declaram negros, a aprovação e a desaprovação permaneceram iguais, em 59% e 39%.
Entre as pessoas de cor, houve oscilação positiva de um ponto percentual para cima, para 60%, e a desaprovação continuou em 37%.
Balanço universal do governo Lula
A pesquisa da Quaest também perguntou uma vez que os entrevistados avaliam o governo Lula em universal.
Para 32% a avaliação do governo é positiva (foi de 36%), para 31% é negativa (foi de 30%) e para 33% é mediana (foi de 30%). Não souberam ou não responderam, representando 4%.
- Positivo: 32% (era 36%);
- Negativos: 31% (era 30%);
- Regular: 33% (era 30%);
- Não sei/Não respondeu: 4% (era 4%).
Quaest também perguntou uma vez que os entrevistados acham que o governo Lula é melhor em conferência ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
- Melhor: 38% (em julho eram 51%);
- Pior: 33% (era 36%);
- Igual: 22% (era 8%);
- Não sei/Não respondeu: 4% (era 4%).
O principal problema do Brasil
Os entrevistados também apontaram para a pesquisa Quaest quais são os principais problemas do Brasil hoje.
- Economia: 24% (em julho era 21%);
- Violência: 17% (era 19%);
- Questões sociais: 16% (era 18%);
- Depravação: 13% (era 12%);
- Saúde: 12% (era 15%);
- Instrução: 7% (era 8%).
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