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41% das mulheres ficam sem ofício posteriormente serem diagnosticadas com cancro de seio, mostra pesquisa

41% das mulheres ficam sem emprego após serem diagnosticadas com câncer de mama, mostra pesquisa

41% das mulheres ficam sem ofício posteriormente serem diagnosticadas com cancro de seio, mostra pesquisa

Um totalidade de 4 em cada 10 mulheres que atuavam profissionalmente deixaram de trabalhar posteriormente descobrirem o cancro de seio, segundo levantamento feito pelo Datafolha a pedido da farmacêutica Astrazeneca.

Segundo especialistas, embora o mercado de trabalho tenha se ajustado para proteger os direitos das mulheres, porquê a licença maternidade, a proteção contra destituição durante a gravidez e medidas contra o assédio, o diagnóstico do cancro de seio ainda representa uma grande barreira para a readaptação das mulheres em suas atividades profissionais. .

“É provável continuar trabalhando, principalmente quando a doença é detectada precocemente. Com tratamento adequado a pessoa poderá retomar suas atividades familiares, sociais e profissionais, mantendo uma vida normal e produtiva”, afirma o diretor da Escola Brasileira de Mastologia, Guilherme Novita Garcia.

Embora tratamentos porquê quimioterapia e radioterapia permitam que os pacientes continuem trabalhando, há desafios relacionados ao tempo de recuperação e à premência de consultas frequentes, principalmente com o SUS (Sistema Único de Saúde), afirma o médico.

A pesquisa entrevistou 240 mulheres em cinco cidades, e 134 exerciam atividades remuneradas quando receberam o diagnóstico.

A pesquisa mostrou que, entre os que estavam empregados quando descobriram o cancro, 59% conseguiram manter o ofício, enquanto 41% não tiveram a mesma possibilidade. As maiores quedas ocorreram entre mulheres com carteira assinada e autônomas.

Foi direcionada a abordagem de campo, na qual os entrevistadores se concentraram em instituições que atendem casos de cancro de seio e nas proximidades dessas localidades.

A seleção das participantes foi feita de forma aleatória, sem levar em conta critérios de tira etária, classe social ou sítio de residência, o que resultou num grupo diversificado de mulheres, a maioria com idade superior a 45 anos. A modelo inclui mulheres de diferentes estratos, todas as classes económicas, níveis de escolaridade e diversas regiões do país.

Garcia destaca que o cancro de seio impacta a vida profissional das mulheres entre 45 e 60 anos, que muitas vezes são as principais provedoras da família.

“Independentemente da motivação deste despedimento, o mesmo reflete-se num significativo comprometimento do rendimento destas famílias”, diz Karina Fontão, diretora médica da AstraZeneca.

Segundo Karina, é necessário o envolvimento de familiares, amigos, colegas de trabalho e profissionais de saúde. Ou por outra, as associações de pacientes, o setor privado e os governos também desempenham um papel fundamental no combate a esta situação.

Entre os entrevistados, a taxa de participação da população economicamente ativa (que está no mercado ou em procura de ofício) caiu de 62% para 33% posteriormente o diagnóstico. Independentemente da situação de trabalho que apresentavam no momento do diagnóstico, 60% relataram mudanças nas condições de trabalho desde logo.

A advogada Priscila Arraes explica que a legislação brasileira proíbe a discriminação por doença e protege contra destituição, garantindo reintegração ou indenização. Em casos de doenças graves, a destituição é considerada discriminatória, cabendo à empresa provar o contrário, explica.

A profissional defende que as grandes empresas têm um papel social e devem oferecer pedestal psicológico aos colaboradores com doenças graves.

O estudo aponta que a principal dificuldade para manter o ofício são as faltas aos tratamentos. As cirurgias podem exigir retiro do trabalho de 15 a 30 dias, e a quimioterapia, que dura de quatro a seis meses, dependendo do tratamento e do estágio, pode trazer dias difíceis.

Arraes sugere a geração de uma legislação que obrigue as empresas, principalmente as de grande porte, a prestarem pedestal específico a esses trabalhadores.

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